Inicia-se mais um ano e novos projetos pessoais idealizados passam a ser trabalhados a fim de se tornarem realidade. Uma das dimensões de nossos projetos, porém, não pode ser esquecida: é a dimensão da cidadania. Ela exige de nós que tenhamos a consciência de incluirmos em nossas propostas aquelas realizações que atendam ao chamado bem comum.
Isto significa que devemos nos lembrar da importância de nossa participação na vida social, a qual pode ser efetivada de maneiras diversas, por exemplo: com a verificação dos resultados obtidos por aqueles que elegemos a algum cargo político; com o acompanhamento dos trabalhos da mídia, filtrando as informações relevantes; com a participação em alguma comunidade do bairro em que moramos, que possuam objetivos sociais concretos e verdadeiros; e principalmente estando atentos àquilo que nos choca mais diretamente na vida da cidade e nos permite criar ideais de luta comunitária.
Não estou defendendo a incursão leviana em bandeiras prontas, algumas das quais bastante falsas. Falo daquilo que diz respeito efetivamente ao nosso espírito, que nos provoca e nos motiva a lutar por nós mesmos e pelo outro. As ações em si não precisam ser grandiosas, precisam ser eficazes, mesmo configurando condutas menores, desprovidas de glamour, arroubo ou atração.
Importante mesmo é termos ciência dos problemas que nos cercam e, enquanto nos realizamos com a concretização de nossos projetos, não esquecermos de que só podemos realizá-los no espaço onde vivemos. Sem este espaço e sem a respectiva convivência com outros não há campo para desejos, sonhos ou projetos.
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