Marcos da Costa é o
nome do grupo da situação para eleição da entidade, em novembro
FOLHA DE SÃO PAULO
18 de outubro de 2012
Marcos da Costa ocupa interinamente a presidência da seção
paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Desde 2003, trabalha com o
presidente licenciado Luiz Flávio Borges D'Urso, seu colega de faculdade. Pré-candidato da situação na eleição da OAB-SP, defende
D'Urso, que se lançou pelo PTB como candidato a vice-prefeito de São Paulo na
chapa de Celso Russomanno. Quem vencer esta eleição, em novembro, vai administrar um
orçamento anual de R$ 300 milhões, formado em grande parte pela anuidade (R$
793) paga pelos advogados paulistas -são 241 mil profissionais ativos. A partir
de hoje, a Folha publica entrevistas com os candidatos. (FÁBIO MAZZITELLI)
Folha - São críticas
à atual gestão o continuísmo e a perda de relevância institucional. A OAB teve
um papel social atuante nos últimos anos?
Não tenho dúvida. A atual gestão resgatou esse papel da
Ordem. Não houve bandeira de interesse da sociedade que a Ordem não estivesse à
frente nesses nove anos, sensível aos temas de interesse da sociedade:
cidadania, questão do idoso, da criança, da educação, da liberdade religiosa.
O papel institucional
não fica confuso com a entrada do D'Urso na política partidária?
Ele se licenciou da Ordem para concorrer à prefeitura [e
segue afastado, apoiando o tucano José Serra no segundo turno]. Durante oito
anos e meio, o D'Urso foi talvez o presidente mais dedicado que a Ordem já teve.
Se fosse usá-la para isso, faria nos três primeiros anos. É um nome de projeção
nacional, jurista reconhecido, conhecido antes de presidir a Ordem. Está
buscando outro caminho porque sempre quis contribuir para uma sociedade melhor.
A oposição diz que as
subseções se tornaram "currais políticos" e que todas o apoiam.
A premissa da qual você está partindo é incorreta. A minha
candidatura nasce de um pedido das subseções. Havia coronelismo na Ordem quando
não havia orçamento identificado por cada subseção. Ficava ao bel-prazer dos
dirigentes. Quem implantou o orçamento fomos nós. Estamos em 2012 e o orçamento
foi aprovado em 2011, passando pela aprovação do conselho seccional. Foi feito
isso para que não houvesse essa vinculação com a política da Ordem. Essa ideia
é falsa e ofensiva a mim e mais ainda aos dirigentes, advogados e lideranças
respeitadas que não se venderiam.
Quantas subseções o
apoiam?
São 220 das 226 subseções. A maioria apoia pelo trabalho
feito, por todas as despesas da Ordem estarem absolutamente controladas.
Qual é a situação
financeira da OAB-SP atualmente?
Ingressamos na entidade numa situação de deficits seguidos.
Pegamos um patrimônio negativo, com dívidas de R$ 40 milhões naquele exercício
de 2004 e sem dinheiro para pagar o 13° [salário]. Houve trabalho intenso para
recuperar as finanças e hoje entregamos a Ordem com patrimônio positivo de R$
70 milhões, uma saúde financeira absolutamente boa e um prédio novo a custo
zero, construído pelo conselho federal [a nova sede custou R$ 12 milhões e deve
ser inaugurada em 8 de dezembro].
Qual é o futuro do
convênio da OAB-SP com a Defensoria?
São 50 mil advogados [no convênio]. São Paulo é o único
Estado do Brasil em que o público carente, em qualquer lugar em que esteja, é
atendido. Isso graças à OAB. Este convênio deve continuar, mas em condições
melhores.
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